A tecnologia veio para ficar; não podemos nos imaginar “desconectados”. Toda a nossa rotina é mediada pelas novas ferramentas tecnológicas, mudou completamente a forma de ver e viver no mundo; no trabalho, nos estudos e pesquisas, no consumo e até nas atividades de bem-estar. O uso de aplicativos que auxiliam e às vezes facilitam algumas de nossas atividades diárias, proporcionou uma nova maneira de nos relacionar como consumidores.
Também, essas ferramentas nos deram uma nova forma de nos comunicarmos; podemos falar com pessoas que estão distantes, estar mais informados com os acontecimentos do mundo, fazer reuniões de trabalho ou aulas on-line, etc. Mas, nem tudo é positivo, pois existe o risco de usarmos excessivamente a tecnologia e isolarmos de quem está mais próximo; a nossa família, colegas e amigos. Assim,cada vez mais, vivemos num mundo virtual, sem comunicarmos, nem nos relacionarmos realmente com as pessoas.
A Internet e as redes sociais são um complemento na nossa rotina, nos ajudam de muitas formas, contribuindo com atividades da vida diária e favorecendo a qualidade de vida, mas não podemos ficar presos e virar escravos destes instrumentos. O uso excessivo e a adicção afetam nossa convivência social e consequentemente afetará a nossa saúde mental.
Neste novo modelo de sociedade, onde não existe mais o diálogo real, nem a empatia com o outro, visto que são espalhadas muitas falsas notícias e fatos ilusórios nas redes, a família pode ficar em segundo plano. São poucos os momentos em que a família se reúne para conversar e compartilhar momentos de lazer, sem o uso de telas.
Nesta nova realidade, temos que reinventar as formas de convivência. Resgatar a identidade familiar, o diálogo, o estar juntos; pôr limites ao uso das telas, no ambiente familiar, oferecer alternativas de jogos e brincadeiras às crianças. As atividades artísticas ou esportivas são uma alternativa enriquecedora para o desenvolvimento das crianças e uma opção saudável na rotina dos adultos.