Esta semana comemoramos no dia 11 de fevereiro, o dia internacional das mulheres e meninas na ciência. Celebrar conquistas como resultado de trabalho e competência é sempre muito gratificante. Elas sabem o quanto é necessário manter o foco do propósito, para que não nos percamos no caminho.
Perguntar-se frequentemente se o que estamos fazendo tem contribuído para que o objetivo maior seja alcançado, é uma das possibilidades para que não nos desviemos aumentando o tempo e gerando consequências inesperadas.
A palavra empoderamento surgida na década de 1990 teve sua origem nos movimentos sociais da década 1960, quando se buscava o fortalecimento, a valorização e o reconhecimento dos poderes daqueles grupos. E, como grupos são formados por indivíduos, é importante que resgatamos também seu sentido individual como uma construção interna do fortalecimento endo cultural e político numa constante troca reflexiva do interno (indivíduo e coletivo) e externo (do indivíduo com a sociedade).
E, por que falamos disso, neste momento?
1o) porque há muita confusão entre empoderamento e concorrência entre gêneros;
2o) porque há incoerências entre discursos e práticas;
3o) porque há adaptações superficiais, como o empoderamento “sexual”, mas sem compromissos em outras áreas da vida - como nas festinhas e carnaval.
Empoderar-se é muito mais do que parecer, é na verdade, uma aliança com sua autenticidade, seus valores, seus limites e sua transformação crítica que resulte em comportamentos e discursos coerentes entre sonhos, objetivos e ações individuais e coletivas;
E por que coletiva? Porque graças a união e ações coletivas em defesa ao acesso das mulheres ao estudo, a liberdade de escolha profissional, a construção da carreira e ao ingresso no mercado de trabalho, entre tantas outras possibilitaram que hoje que são cientistas chegarem neste lugar e, também aquelas que se mantém no antigo padrão por opção também o façam. Julgar menos o outro(a) e discernir mais sem a pretensão de se provar “poderosa” constantemente, ou seja, empoderar é tomar consciência de suas habilidades, competências para que possam de modo autônomo tomar decisões acerca de todas as áreas de sua vida.