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Os homens estão morrendo

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Os homens estão morrendo

31 Out

Pesquisa mostra que os homens se suicidam 4 vezes mais do que as mulheres. Encerrou-se setembro mês escolhido para prevenção do suicídio, mas é importante continuar a conversa sobre a saúde mental dos homens.
Falar do universo masculino não é novidade, mas estamos chegando a reflexões mais profundas e um Centro de Pesquisa em Masculinidade, nos Estados Unidos, revelou, em 2018 que até aquele ano 75% dos homens nunca tinham ouvido falar em masculinidade tóxica.
O sociólogo Michael Kimmel, da Universidade Stony (NY) afirma que uma das maiores dificuldades dos homens é falar de seus sentimentos. Devido a cultura patriarcal presente até os dias atuais que tem mantido uma relação opressora sobre ambos os gêneros. Se de um lado o ser homem era formatado para ser insensível (não chorar e não falar de suas dores), pegador (ficar provando para a sociedade sua potência sexual), força (não parecer vulnerável e, portanto, ser violento) e provedor (o único responsável financeiro, delegando à mulher o zelo pelas atividades domésticas e educação dos filhos) por outro, as mulheres tinham o papel de reforçar este potencial quando do cuidado dos mesmos ainda crianças, sem perceber muitas vezes que ambos sofriam as consequências desse modelo.
Como o debate ainda é recente, causa desconfortos e conflitos, tanto internos quantos sociais e culturais, no entanto, ele é extremamente relevante e necessário para o bem da sociedade de modo que não percamos mais homens e mulheres vítimas desse paradigma.
Desejamos uma sociedade mais equilibrada em todos os aspectos, deste modo é preciso buscar o maior bem estar possível para todos. Em pesquisas realizadas pela Flasco Brasil e IPEA os homens são responsáveis pela 5ª. maior taxa de homicídios contra mulheres (feminicídio) no mundo e são 53,7% das vítimas de mortes violentas, no Brasil, além disso eles dedicam menos tempo a família, cerca de 10h semanais, enquanto as mulheres se dedicam acima de 20h demonstrando baixa participação no processo educativo.
Lembremo-nos de que todo ser humano nasceu a partir de um conjunto de genes, masculino e feminino, logo, temos em essência estas duas forças presentes em nós e, isso não é nenhum demérito, é um fato. Precisamos considerar que ambos temos força, sentimentos, desejos e, portanto, assumir-se enquanto cuidadores de si em diversos aspectos nos põe no caminho de sermos ainda melhores, então homem:
1. Fale mais sobre suas emoções e conflitos, se necessário procure um profissional para isso;
2. Recuse-se ficar provando sua sexualidade, inteligência, força ou poder a todo momento;
3. Seja empático com o outro em seu sofrimento ou condição;
4. Responsabilize-se conjuntamente pelo provimento financeiro, emocional e educacional de sua família;
5. Cuide de sua saúde corporal, aparência e de suas relações;

A paz tão almejada, por todos, exige compromisso consigo, participação nas relações, ou seja, pensamentos e ações coerentes;